

O planeta enfrenta uma de suas piores crises devido à pandemia da COVID-19. A doença já seria um problema por si só, mas graças às fake news que se espalham pelas redes sociais, a questão se torna ainda mais grave. Apesar de todos os esforços de pesquisadores e meios de comunicação em divulgar dados científicos comprovados, as pessoas nunca estiveram tão perdidas e sem saber em quem acreditar. Como combater as fake news? As pesquisas desenvolvidas por Gordon Pennycook e David G. Rand tentam esclarecer essa questão.
Uma das primeiras medidas deve partir das próprias redes sociais. É preciso compreender e reduzir a disseminação de desinformação on-line com todas as armas disponíveis, já que os efeitos devastadores das fake news não param de crescer. Mudanças de algoritmos, anexar avisos que certas manchetes são falsas ou imprecisas, contratar um time de fact checkers são algumas medidas que podem ser testadas, mas que ainda precisam ser comprovadas. O uso massivo das redes sociais é uma realidade recente e, tanto os usuários comuns, como os cientistas ainda estão aprendendo a lidar com seus efeitos positivos e negativos.
Outro aspecto a se considerar é de onde nasce as fake news e como elas se espalham. Há uma diferença entre criar deliberadamente uma mentira e acreditar nela. Pesquisadores ainda não chegaram a uma conclusão do porquê as pessoas acreditam em notícias falsas e, consequentemente, passam a notícia para frente. Muitas variáveis precisam ser consideradas como escolaridade, religião e visões políticas. Outra questão é a bolha social que cada um de nós vive, nós tendemos a acreditar e seguir o que o nosso grupo social decide como certo e dificilmente nos colocamos contra a maioria. Os criadores das fake news se aproveitam de todas essas possibilidades para jogar suas teorias inventadas nas redes, na tentativa de que algumas delas ganhem vida própria, pois uma coisa os cientistas já sabem: criar fake news é bem mais fácil que combatê-las.
Para saber mais sobre como combater as fake news, os pesquisadores do time de Pennycook e Rand relacionaram uma série de artigos jornalísticos e científicos que você pode conferir neste site (em inglês). Como tudo relacionado a esse fenômeno, as pesquisas e seus resultados ainda não são precisos, mas se essas empresas que controlam as redes sociais mostrarem que estão seriamente comprometidas, o público, por sua vez, deve estar preparado para ser paciente e não exigir resultados imediatos
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