lahm50-50
banner-cel-lahm50-50

História das Vacinas – Parte 3

Terceira parte de uma série de artigos onde você aprenderá como as vacinas surgiram e como elas evoluíram ao longo dos anos.

Por Pierina D’Amico

Tradução: Márjudi Estrela 

Em “História das Vacinas – Parte II“, exploramos como os termos “vacina” e “vacinação” surgiram.  Nesta parte, veremos como as vacinas foram desenvolvidas no século 19.

A primeira vacina de laboratório foi criada por engano.  Em 1879, Louis Pasteur estava estudando a progressão da cólera aviária quando ordenou a seu assistente que injetasse o vírus em algumas galinhas.  No entanto, ele esqueceu e fez isso um mês depois.  Observando que os animais haviam sido imunizados sem nunca adoecer, Pasteur raciocinou que o contato da bactéria com o oxigênio havia diminuído seu efeito.  Assim, foi produzida a primeira vacina viva atenuada.

Foi em 1881, como já mencionamos, que Pasteur prestou homenagem a Edward Jenner apresentando o antídoto de antraz com o nome de “vacina”.

No ano seguinte, começaram a surgir grupos anti-vacinas organizados.  Por exemplo, a primeira reunião da Anti-Vaccine League of America foi realizada em Nova York.  No entanto, a segunda geração de vacinas estava apenas começando e ainda estava ganhando força.

Em 1885, o médico espanhol Javier Ferrán desenvolveu a primeira vacina humana contra uma doença bacteriana, a cólera.  Foi nessa época que começaram as primeiras conversas sobre quão público deveria ser o método de criação de uma vacina: enquanto alguns criticaram Ferrán por tentar manter sua descoberta em segredo, ele se defendeu dizendo que deveria ser indenizado para pagar seus estudos e sustentar sua família.

Um ano depois, Pasteur apresentou seus estudos sobre a vacina antirrábica.  Das 350 pessoas que foram imunizadas, apenas uma morreu.  O porquê?  Ele não havia recebido sua dose cedo o suficiente para evitar a doença.

Com o passar do tempo, a eficácia das vacinas tornou-se cada vez mais indiscutível.  De fato, em 1893, a falta de vacinação causou um surto de varíola em Muncie, Indiana, Estados Unidos.  Como a cidade havia parado de imunizar sua população desde a última epidemia em 1876, os casos iniciais em uma família superaram as medidas de quarentena e fumigação, infectando 140 pessoas e matando 20. Esses números teriam sido muito maiores, claro, se não tivesse sido realizada uma campanha de vacinação imediata que atingiu 16.000 pessoas.

No final do século XIX, a regulamentação da vacinação estava crescendo.  Além disso, por meio de melhorias como a adição de glicerina à linfa das vacinas, o monitoramento de fornecedores farmacêuticos e avanços na microbiologia, seu fornecimento tornou-se cada vez mais seguro.

Junte-se a nós na “História das vacinas – Parte 4” para conhecer os avanços ocorridos no século XX, período recorde em termos de vacinação.

Fontes:

Cronograma, A História das Vacinas, Data não especificada

Vacina, Wikipedia, 23 de fevereiro de 2022

Cólera aviária, Wikipedia, 15 de fevereiro de 2021

Newsletter Sign Up

To get our free biweekly newsletter. Receive information about Latin American news in BC and in the world..